Pediatr. (Asunción); 35 (1), 2008
Año de publicación: 2008
Objetivos:
Como iniciar a terapia anti-retroviral é uma questãoamplamente discutida no manejo de crianças infectadas pelo HIV. Oobjetivo deste estudo foi comparar a efetividade da terapia dupla etríplice em uma coorte de crianças infectadas pelo HIV.Método:
Este estudo foi realizado em um serviço de referênciapara assistência à criança infectada da Faculdade de Medicina da UFMG.Foram incluídas crianças que iniciaram o primeiro regime anti-retroviralentre janeiro de 1998 e dezembro de 2000, com seguimento atédezembro de 2001. O evento final para análise foi a primeira falhaterapêutica ou óbito.Resultados:
Foram analisados 101 pacientes, sendo 58 (57,4%)e 43 (42,6%) com terapia dupla e tríplice, respectivamente. Não houvediferença entre os grupos quanto ao sexo, idade, contagem de linfócitosCD4+ e carga viral basal. A média de duração da terapia dupla foi de26,3 meses (IC95% 21,3-31,3) e da terapia tríplice, de 34,3 meses(IC95% 29,2-39,5%). Falha terapêutica ocorreu em 33 (56,9%) pacientesem terapia dupla e 11 (25,6%) em terapia tríplice (log rank 5,03;p = 0,025). O risco relativo de falha para terapia dupla foi 2,2 vezesmaior (IC = 1,3-3,9). O percentual de linfócitos T CD4+ inicial foipreditor de risco para falha terapêutica (p = 0,001). Pacientes emterapia tríplice apresentaram maior redução da carga viral (p = 0,001).Conclusão:
A terapia tríplice permaneceu eficaz por mais tempo eapresentou melhor resposta virológica do que a terapia dupla nestacoorte de crianças infectadas pelo HIV, justificando a sua escolha comoregime preferencial de tratamento.